A amiga chega
cabisbaixa, desanimada, reclamando da vida, do marido, da vida em si.
- O que houve?
- Ah, Luíza, a vida tá uma merda, viu?
- Tenho certeza que não é no sentido
literal.
- Ai Luíza, claro que não.
- Tá. Conta.
- Não tenho ânimo para nada.
- Para nada?
- Não.
- E o marido? Tá fazendo o quê que não
te anima?
-Hum, esse aí é que não faz mesmo. Chega
sempre cansado, nem mais me procura.
- Você tá se escondendo direito?
- Você entendeu, né?
- Tá, tá, entendi sim.
- Acho que vou ao médico para ele passar
alguma coisa para mim, acho que estou com depressão.
- Amiga, eu tenho uma coisa que vai te
ajudar.
- Algum remédio? Saiba que não posso
tomar nada muito forte, pois tenho problema de estomago.
- Não, não se preocupe, isso não afetará
seu estomago desse jeito. Aqui está.
- E o que faço com isso?
- Use-o quando o marido não puder agir.
Dias depois.
- Quem me deseja?
- Amiga! Sou eu.
- Hum, e aí, o remédio, funcionou?
- Amiga, até o marido gostou do
presente!
- Casal moderninho, né? Não o dei para
ser compartilhado, mas se você diz que funciona, seja feliz, amiga.