quarta-feira, 12 de março de 2014

A Culpa é das Estrelas


Escrito por John Green, A Culpa é das Estrelas, é um daqueles livros que você já sabe que vai chorar ao ler. Fui avisada pelo meu irmão que falou tão bem do livro e que eu não aguentaria ler sem cair uma lágrima. Contudo, para minha própria surpresa, não chorei.

O livro trata da história de amor de dois jovens com câncer que se apaixonam em uma das reuniões de apoio aos doentes. Hazel Grace e Augustus Waters é, definitivamente, o casal mais fofos de um livro de romance. Eu poderia fazer outro tipo de sinopse, mas...

"Apesar do milagre da medicina que fez diminuir o tumor que a atacara há alguns anos, Hazel nunca tinha conhecido outra situação que não a de doente terminal, sendo o capítulo final da sua vida parte integrante do seu diagnóstico. Mas com a chegada repentina ao Grupo de Apoio dos Miúdos com Cancro de uma atraente reviravolta de seu nome Augustus Waters, a história de Hazel vê-se agora prestes a ser completamente rescrita."

Fonte: Google books.

Eles se completam e distanciam em muita coisa: ela é mais realista e ele mais filosófico, e ainda assim não chega a ser uma contradição, não são opostos.
Em todos os momentos em que li o livro procurei as estrelas para culpar a má sorte dos dois.
Em certa parte do livro eles bebem champanhe e o garçom diz que o inventor desta bebida foi Dom Pérignon e que chamou os outros monges para experimentar “estou bebendo estrelas”. Mas não eram essas estrelas as culpadas.
Talvez as estrelas não sejam assim tão culpadas... E talvez eles não tenham tido azar e sim, tirado a grande sorte, de poder amar e ser amado verdadeiramente por alguém.
Mais lá na frente, perto do fim, uma frase dita por Waters é crucial: 

“Meus pensamentos são estrelas que não consigo arrumar em constelações” (p.281).

Hatel reclama de um universo que quer ser notado e não se faz de rogado para tal. Ela está coberta de razão, pois só demos o seu devido valor quando ele se apresentar rápido e feroz em cima de nós. A morte certa.
Que mais posso dizer?

Decisões felizes do autor em inventar uma linda história.

Agora e, sem surpresa para ninguém, vira filme.
Será que vou chorar ao assistir?
Digo quando o fizer.

Um comentário:

  1. Ontem, 18.06.14, quarta, assisti ao filme em companhia de alguém que um dia quis que fizesse parte de minha vida de uma maneira mais profunda... e ainda espero. E foi uma excelente surpresa! Já estava avisado dos momentos emocionantes que fariam este meloso ser humano desidratar-se até a última lágrima. Por incrível que pudesse parecer a mim, derramei duas lágrimas. Sim. Assim contadas. E por um único motivo (graças ao diretor!): Não dava tempo se emocionar o suficiente...É isso, mesmo. Quando o "comichão da lágrima" queria chegar, ou o Augustus, ou a Hazel, ou mesmo a mãe dela, me tiravam de um possível mar de sofrimento e me arrastava para dentro de uma realidade crua e naturalmente simples e linda, dando-me o sentimento de alegria e felicidade por entender que o o sofrimento não precisa ser do jeito que sempre vem até cada um de nós. E adorei isso. É difícil sofrer, e já que "a dor precisa ser sentida", que a enfrentemos então de cima. Na maioria das vezes ela é bem menor do que parece. E o melhor de tudo: é necessário se deixar amar, por quem quer nos amar. Oh, Deus! Como o mundo fica mais bonito e mais fácil de viver quando alguém, independente de quem seja nos ama assim, de maneira intensamente tranquila e segura...

    ResponderExcluir