sexta-feira, 14 de março de 2014

Uma dama da belle époque de Fortaleza


Ao ler este livro eu consegui visualizar nas ruas de Fortaleza suas características em sua "belle époque", a influência dos modos de viver da França que ocorreu aqui e em várias partes do Brasil. A autora trouxe a história interessantíssima de sua avó paterna, que a criou desde criança. Maria de Lourdes Hermes Gondim, pianista, professora de música, mãe, avó, dama de sua época que jamais perdeu seus modos herdados e ensinados por sua mãe. Linda Gondim,a autora, nos abre o álbum de fotografia de sua família e nos revela parte da própria história e da história da capital alencariana. A obra é gostosa de ler pela história da pianista e consequentemente da autora e valorosa pela análise sociológica. Vale a pena.


GONDIM, Linda Maria de Pontes. Uma dama da belle époque de Fortaleza: Maria de Lourdes Hermes Gondim: ensaios sobre imaginário, memória e cultura urbana. Fortaleza: Gráfica LCR, 2001.

quarta-feira, 12 de março de 2014

A Culpa é das Estrelas


Escrito por John Green, A Culpa é das Estrelas, é um daqueles livros que você já sabe que vai chorar ao ler. Fui avisada pelo meu irmão que falou tão bem do livro e que eu não aguentaria ler sem cair uma lágrima. Contudo, para minha própria surpresa, não chorei.

O livro trata da história de amor de dois jovens com câncer que se apaixonam em uma das reuniões de apoio aos doentes. Hazel Grace e Augustus Waters é, definitivamente, o casal mais fofos de um livro de romance. Eu poderia fazer outro tipo de sinopse, mas...

"Apesar do milagre da medicina que fez diminuir o tumor que a atacara há alguns anos, Hazel nunca tinha conhecido outra situação que não a de doente terminal, sendo o capítulo final da sua vida parte integrante do seu diagnóstico. Mas com a chegada repentina ao Grupo de Apoio dos Miúdos com Cancro de uma atraente reviravolta de seu nome Augustus Waters, a história de Hazel vê-se agora prestes a ser completamente rescrita."

Fonte: Google books.

Eles se completam e distanciam em muita coisa: ela é mais realista e ele mais filosófico, e ainda assim não chega a ser uma contradição, não são opostos.
Em todos os momentos em que li o livro procurei as estrelas para culpar a má sorte dos dois.
Em certa parte do livro eles bebem champanhe e o garçom diz que o inventor desta bebida foi Dom Pérignon e que chamou os outros monges para experimentar “estou bebendo estrelas”. Mas não eram essas estrelas as culpadas.
Talvez as estrelas não sejam assim tão culpadas... E talvez eles não tenham tido azar e sim, tirado a grande sorte, de poder amar e ser amado verdadeiramente por alguém.
Mais lá na frente, perto do fim, uma frase dita por Waters é crucial: 

“Meus pensamentos são estrelas que não consigo arrumar em constelações” (p.281).

Hatel reclama de um universo que quer ser notado e não se faz de rogado para tal. Ela está coberta de razão, pois só demos o seu devido valor quando ele se apresentar rápido e feroz em cima de nós. A morte certa.
Que mais posso dizer?

Decisões felizes do autor em inventar uma linda história.

Agora e, sem surpresa para ninguém, vira filme.
Será que vou chorar ao assistir?
Digo quando o fizer.