domingo, 24 de novembro de 2019

Pau para toda obra


- Ah, Luíza, nem tudo nessa vida a gente resolve com homem.
- E eu nunca disse isso!
- Mas você costuma dizer que um... -  a amiga ficou tímida.
-... "Alguns gramas de músculo" acalma e faz bem a pele.
- Isso mesmo.
- Amiga, o de plástico pode fazer o mesmo efeito, se souber manusear e nem precisa esperar a ligação dele no outro dia.

Melhor Presente!


A amiga chega cabisbaixa, desanimada, reclamando da vida, do marido, da vida em si.
- O que houve?
- Ah, Luíza, a vida tá uma merda, viu?
- Tenho certeza que não é no sentido literal.
- Ai Luíza, claro que não.
- Tá. Conta.
- Não tenho ânimo para nada.
- Para nada?
- Não.
- E o marido? Tá fazendo o quê que não te anima?
-Hum, esse aí é que não faz mesmo. Chega sempre cansado, nem mais me procura.
- Você tá se escondendo direito?
- Você entendeu, né?
- Tá, tá, entendi sim.
- Acho que vou ao médico para ele passar alguma coisa para mim, acho que estou com depressão.
- Amiga, eu tenho uma coisa que vai te ajudar.
- Algum remédio? Saiba que não posso tomar nada muito forte, pois tenho problema de estomago.
- Não, não se preocupe, isso não afetará seu estomago desse jeito. Aqui está.
- E o que faço com isso?
- Use-o quando o marido não puder agir.

Dias depois.
- Quem me deseja?
- Amiga! Sou eu.
- Hum, e aí, o remédio, funcionou?
- Amiga, até o marido gostou do presente!
- Casal moderninho, né? Não o dei para ser compartilhado, mas se você diz que funciona, seja feliz, amiga.

sábado, 28 de setembro de 2019

A abdução de Luíza



Luíza estava do lado de fora de casa e observa uma luz bem acima de sua cabeça. Ela tinha certeza que, a luz que via, vinha de uma nave extraterrestre. Ela consegue sair do foco de luz, mas continua observando-a. De repente algo consegue passar pela luz descendo devagar, como que flutuando, até o chão. Um ser do tipo humanoide - com dois braços, duas pernas e cabeça - mas claramente um extraterrestre daqueles do tipo que a gente viu na tevê. O humanoide a observa como que curioso e Luíza, que não consegue ficar calada em hora nenhuma, fala:
- Quem pode mais Deus?
- Que pode mais que o quê?
- Deus.
- O que é Deus?
- Criador do céu e da terra, aquele que está aqui e está ali, em todos os lugares ao mesmo tempo. O que a gente chama de onipresença, e também aquele que sabe de tudo. A gente chama isso de onisciência.
- Não, nunca ouvi falar.
- Vocês não têm um ser supremo que na hora de um grande medo vocês digam: meu Deus! Ou na hora do perigo, vocês digam: Deus me ajude ou Deus me livre!? Tipo isso.
- Ah, então você deve estar falando do Thora. É... É uma lenda antiga de onde vim.
- Que seja!
- Então, não.
- Então "não", o quê?
- A resposta da sua primeira pergunta.
- Ah é, tinha até esquecido. Mas o que que você veio fazer aqui?
- Ah é, eu tinha até esquecido. Enfim, eu vim abduzi-la.
- Ab-- o quê? Olha, eu tenho um compromisso, então, não vai dar.
- Compromisso? Mas isso aqui não é um encontro que se pode desmarcar. Eu vou sequestrar você.
- É? E porque eu? Não tinha outra pessoa na terra inteira que você pudesse levar no meu lugar?
- Olha, veja só, eu estou com um pouco de pressa...
- É sério que você revirou os olhos quando disse isso? Olha, eu não sou do tipo “boa para ser abduzida”, sabe?
-Por que?
- Bom, eu sou uma mulher que... – pensou muito. Pensou mais. – Quer saber, vai ser uma perda de tempo, tá? Meu corpo não tá lá essas coisas e se for me levar para reprodução, já não posso ter filhos. É isso.
- Não é o que o tricorder diz aqui.
- É? E o que este filho da puta tá dizendo?
- Que você é perfeita! Tem ótimas condições de saúde, bebe moderadamente, não fuma e, inclusive, não tem relações sexuais há algum tempo.
- Ah, fofoqueiro das galáxias de uma figa. Até lá o povo sabe que eu não trepo há um tempão. Olha aqui, se eu não dou é porque eu não quero, tá?
- Mas para “dar” precisa-se de um “encontro”, não?
Ele tinha razão? Pensou um pouco mais... - Fala de marcar um encontro antecipadamente, não é?
- Não. Falo de encontrar alguém, mesmo sem ter marcado.
Filho da p...
– Bom, pois fique sabendo que nem hoje, nem nunca terá abdução com esta pessoa que vos fala.
- Ah, qual é? Você não vai fazer nada hoje à noite – choramingou o et. – Você é perfeita para o que nós queremos.
- Vai ter outras pessoas e eu digo homens, e eu digo bonitos lá também?
- Hum, não. Vai ser... o que vocês chamam de festa “privê”.
-Ah, fala sério! Uma suruba intergaláctica só com homenzinhos verdes e... e nem sei se eles têm pinto! Aí meu Deus! Uma imagem está se formando na minha cabeça: um monte de anõezinhos magricelas batendo os cabeções e esfregando suas virilhas umas nas outras. Greys não tem pinto! – Luíza tem uma crise de risos, se contorce perdendo o ar e lágrimas escorre pela face vermelha. Ela bate a mão na parede como que pedindo para pararem de fazer cocegas. – Ai-meu-Deus!! Ai, para, para! Eu não aguento – buscava o ar com força.
Luíza percebeu que o humanoide não esboçava reação alguma, mas ainda assim, não consegue se conter. Ela agora estava de joelhos, implorando para aquela imagem sumir de sua cabeça. Entretanto, depois de algum tempo, a face de Luíza foi desvanecendo, ficando mais séria. Ela se põe em pé e diz:
- Hum, as lésbicas fazem assim, né?
- Foi o que pensei.
- Pelo menos eles transam.
O et balança a cabeça concordando.
-Tá, eu vou, mas antes vamos passar num fast food, na farmácia e depois no sex shop. Se for pequeno de qualquer forma, eu me distraio com um de plástico.

segunda-feira, 16 de junho de 2014

Para ti com incondicional amor

Quanta felicidade em ter no coração essa bela tão completa.
Quanto de amor recebido há tantos anos.
O brilho medido em sua alma tão nobre ofusca e confunde os menos avisados.
Em todas as bençãos que recebeste, a maior de todas está esse amor incondicional àqueles que tiveram a sorte de contigo compartilhar.
Sendo assim, eu que sou o abençoado, pois a um anjo foi permitido vir a Terra para ensinar como amar sem cobrar.
E assim espero eternamente te amar.
Meus eternos parabéns, ontem, hoje e sempre.

Edson Lopes

quinta-feira, 1 de maio de 2014

Ayrton Senna - 20 anos


Senna, Ayrton Senna da Silva. Um dos maiores pilotos de Fórmula 1 do Brasil e do mundo. Hoje completa exatos 20 anos que em uma curva no Grande Prêmio de San Marino, em Imola, Itália, este incrível piloto morria de forma trágica.
Mas não quero falar sobre isso e sim, sobre o fantástico homem que ele foi. Quando eu assistia às corridas de Fórmula 1, eu esperava pelo Ayrton, exatamente por ele. Fui completamente influenciada pelas narrações emocionantes do Galvão Bueno e dos outros também. Todas as corridas em que ele participava, até aquelas em que ele abandonava, eram emocionantes. Eu queria empurrar o carro dele quando estava tão devagar e via que ele iria abandonar a corrida.
Eu estava dentro do carro dele, era assim que eu me sentia. Não vou dizer que todos se sentiam dessa forma, mas sentia que havia uma grande platéia, fãs e admiradores de Senna.
Ele tinha uma garra, tentar e testar seus limites sem que fosse necessário passar por cima de ninguém. Ele queria e gostava de correr e, sobretudo, ele gostava também de ganhar. Não desistia, tentava. Seu carro, muitas vezes, não dava para terminar a corrida, ou seja, seu carro não  o acompanhava. Mas ainda assim ele tentava. Em uma das corridas ele saiu direto para o hospital com dores nos braços, pescoço e ficou alguns dias lá se hidratando. Ele foi um exemplo também fora das pistas. Criou uma fundação com o seu nome, hoje cuidada pela sua irmã. Doou dinheiro a uma instituição quando teve que fazer fisioterapia devido a uma lesão no joelho e viu que muitas pessoas menos abastada que ele precisava de ajuda e, na época, pediu para não divulgarem o seu nome.
Ele corria bem em pistas secas, mas em pistas molhadas (sendo com o pneu certo, é claro) ele era o ás, o TOP GUN!!
Lembro que uma vez perguntaram ao Nelson Piquet, brasileiro e também piloto, se ele não gostava de correr em pista molhada e ele irritadamente respondeu: "não, eu não sou nem pato!".
Eu estava num trabalho numa cidade do interior do Ceará, naquele dia 1º de maio de 1994, quando soube do acidente. Senna chegou a mexer a cabeça numa das cenas mostrada pela televisão, mas era apenas reação da batida. À noite, quando cheguei em casa, não havia mais esperanças. Ayrton Senna morrera na pisa (apesar de não admitirem isso) e não pararam a corrida, deixaram continuar mesmo com o grave acidente.
Uma cena que vi depois de sua morte, foi um Senna pensativo, que olhava o seu carro, Deus sabe o quê ele pensava naquele momento. Mas se forçamos um pouquinho, supondo como ele era, ele provavelmente calculava os riscos, como o carro se desenvolveria naquela pista.
Seu velório foi uma comoção muito grande. Milhares de pessoas vieram de longe foram prestar as últimas homenagens ao grande esportista que ele foi. 
Seja lá como for, a saudade ficou. Contudo, Ayrton Senna ainda está em nossas lembranças, como exemplo de que não podemos desistir dos nossos projetos mesmo que o nosso carro não seja tão bom, mesmo que chova ou que faça sol até demais.

domingo, 27 de abril de 2014

Meus sonhos...

O dia está claro, numa tarde calma.
Eu estava em frente do que parecia ser a minha casa.
Sentada no muro baixo.
Vejo ao longe no horizonte um mar, mas não vejo a praia.
Quanto tempo eu levaria para chegar até lá?
Decido finalmente ir, pois não há nada que me impeça.
Era só descer a rua... É fácil...
Corro imediatamente como uma criança que quer ver a praia pela primeira vez...
Quando tento chegar aquele lugar, eu me perco no caminho.
De repente escurece...
Busco andar pela estrada correta, mas me embrenho por veredas esquisitas. 
Aonde eu vou parar? E onde será o meu lugar? 
Vou me perder, com certeza.
Procuro olhar e tentar ver se o mar ainda aparece no horizonte, mas parece que ele fugia de mim...
Eu sei que ele ainda está lá. Mas o mar ia indo... fugindo... de mim...
Paro e me vejo passar entre vários casebres de palafitas, antes espaçosas...
Agora, tão estreitos entre elas que sou obrigada a entrar em suas casas para eu chegar ao meu destino que fugia de mim...

 Acordo angustiada.


sábado, 26 de abril de 2014

Livre para amar...

Voa, voa pensamento,
Voa e vai com o vento,
flutua nas ondas das nuvens,
sem pensar em casamento.
Voa, voa pensamento,
Livre como um passarinho,
Voa alto e leve como uma pena
que se solta quando venta.
Voa, voa pensamento e vai de encontro ao céu azul
Diz lá do alto sem cansar:
"Eu sou livre para amar".

sexta-feira, 25 de abril de 2014

Existiria um lugar onde não somos assim?


Pintada com tantas marcas, dadas a tantos,
jamais subjugada.
Sem adesão total a um ou a outro,
mas fiel a você mesmo.


quarta-feira, 16 de abril de 2014

Fascinação

Os sonhos mais lindos sonhei
De quimeras mil um castelo ergui
E no teu olhar
Tonto de emoção
Com sofreguidão
Mil venturas previ
O teu corpo é luz, sedução
Poema divino cheio de esplendor
Teu sorriso prende, inebria, entontece
És fascinação, amor.

Intérprete: Elis Regina.

PS.: Não é o vídeo original, mas tem imagens bonitas.


segunda-feira, 7 de abril de 2014

Reitoria da Universidade Federal do Ceará

Fotos da Reitoria da Universidade Federal do Ceará - UFC entre 1963 e 1966. Postais cedido pelo Professor José Estevão Machado Arcanjo do Departamento de Ciências Sociais - UFC